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Bulldog Frances

 

História  Powelbud4.jpg

A origem do buldogue francês não é certa, mas é de opinião geral que seu berço é francês e que pertence ao grupo dos molossos.

Revolução Industrial – ocorrida em meados do século XIX - provocou a migração de artesãos ingleses, especialmente da região de Nottingham (Inglaterra), para o extremo norte da França, na região de Calais e Normandia. Esses artesãos ingleses carregavam consigo pequenos buldogues, chamados de "toy bulldogs".

O que eram os “toy bulldogs” é bastante especulado. Há quem diga que eram miniaturas de buldogues ingleses, escórias dos criatórios tradicionais que almejavam cães grandes e fortes. Há quem diga que resultados de acasalamentos entre buldogues ingleses, pugs e terriers de terras inglesas.

Por sua vez, em terras Belgas e Francesas, existam os "Terriers Boules ou Ratiers". Havia inclusive criadores dessa raça caçadora de ratos! Monsieur Charles Petit foi um parisiense, que criou terrier boules na Bélgica por muitos anos, antes de retornar à França com seus melhores cães. Os historiadores contam que entre os ancestrais dos terriers boules estão os pugs, os affenpinschers e alguns terriers.


Em solo francês, os toy bulldogs e terrier boules acasalaram-se e, os frutos dessa mistura agradaram. Eram ótimos no extermínio de roedores e bons de companhia. Em pouco tempo espalharam-se pelo país. EStes foram os primeiros exemplares dos "bouledogues françaises"!

Os açougueiros e ajudantes do matadouro de La Villette, em Paris, foram os primeiros a criar o Buldogue Francês. Depressa foram imitados por cocheiros, sapateiros, vendedores ambulantes de frutas e até por agentes da polícia que se entusiasmaram com o pequenoBoule (Boule é a apócope de Bouledogue Français, nome francês do Buldogue Francês). Nos cafés organizavam-se reuniões para comparar os melhores exemplares; trocavam-se conselhos e, sobretudo, tentava-se obter cães mais fortes sem medir sacrifícios. Transformado na estrela de Paris dos ofícios humildes, o boule freqüentava os bairros populares de Pantin, Belleville e Lês Halles. O seu físico, o seu tamanho reduzido, a sua peculiar fisionomia, o seu caráter absolutamente encantador começaram a impor-se e a cativar os cada vez mais numerosos aficionados dos cães de cara chata.


Pouco depois, o Boule introduzir-se-ia nas casas públicas onde as mulheres de Belle Époque o adotaram por causa do aspecto excêntrico. Imortalizado por Toulouse-Lautrec no seu quadro Le Marchand de Marrons (O Vendedor de Castanhas) em 1901, o Buldogue Francês percorria como um conquistador os Champs Elysées, os grandes boulevards, o Bois de Boulogne...

Em 1888, foi fundado o 1º clube francês oficial da raça. Em 1894, a “Sociedade Central Canina”, reconheceu o Buldogue Francês como raça e pediu a união dos dois clubes pré-existentes, dessa maneira, foi fundado o “Clube do Bouledogue da França”.

A raça foi reconhecida nos EUA em 1898. É indiscutível que sem a influência e dedicação de criadores do continente Americano, a raça talvez não seria o que fosse hoje. Foram eles que organizaram o 1º clube do buldogue francês do mundo e foram eles que insistiram com as “orelhas de morcego”.

Um ponto de interesse histórico do Buldogue Francês: um Boule que foi segurado pelo valor “astronômico” (para a época) de U$750,00 (setecentos e cinquenta dólares) estava a bordo do famoso e naufragado Titanic. Seu nome era Gamin De Pycombe, propriedade do banqueiro Mr. Robert W. Daniels.

Realmente, o buldogue francês é uma das poucas raças que deve sua existência aos esforços de criadores de diferentes países, França,Bélgica e Estados Unidos.

Características

Porte limítrofe entre o pequeno e médio, de estrutura compacta, sólida ossatura e bem musculoso. É possante para o tamanho, atarrancado em suas proporções, de focinho curto e trufa (nariz) achatada, de orelhas empinadas, abertas na base e arredondadas e a cauda é naturalmente curta e nenhuma cirurgia estética é necessária. Vale ressaltar que o bulldog francês pode pesar de 8 a 14 kg, segundo o padrão proposto pela FCI.

Utilizado para companhia por milhares de pessoas no mundo, essa raça tem se popularizado muito nos últimos anos. De acordo com aFCI, representada no Brasil pela Confederação Brasileira de Cinofilia, o Bulldog Francês está inserido no grupo 9, o grupo dos cães de companhia, onde também se encontram raças como: pug, shih tzu, poodle, maltês, lhasa apso, dentre outras.

Cores de Pelagem

A classificação das cores de Buldogues Franceses é objeto de estudo e de muitos debates de vários criadores no Brasil e no mundo. Infelizmente, o Padrão da Raça não é muito específico ao tratar de cores de pelagens e pode abrir margens às interpretações pessoais dos criadores.

De modo simples, as cores de pelagem de um Bulldog Francês podem ser simplesmente descritas como fulvo, com uma variedade de marcações e tons possíveis. O fulvo pode variar de tom desde o vermelho vivo e intenso ao café-com-leite e o dourado claro quase creme. As outras diferenças são devidas a variações de marcações, que variam desde o tigrado (listras negras em grau variável de repetição e grossura, que preenchem o fundo fulvo), até o pied (várias marcações tigradas com fulvo em um fundo branco) e o fulvo com máscara negra (fulvo, em suas tonalidades diferentes, com uma máscara negra clássica em sua face e, às vezes em algumas linhagens, em seu dorso também). São infinitas variações de tipos de marcação, de padrão, tamanho e localização nesses parâmetros.

Algumas cores como o azul, o cinza, o preto com marrom, o marrom e o fígado, não são reconhecidas pelo Padrão da Raça e são motivos de desclassificação em exposições de estrutura e beleza. Pequenas pintas escuras em cães pied são chamadas de ticking e não são almejadas. Não há uma tradução adequada para a palavra "pied" em português. Os exemplares completamente brancos sem marcações são classificados dentro dos "pieds" para fins de exposições caninas; mas seus cílios e contorno dos olhos devem ser pretos assim como os dos outros Bulldogs Franceses.

Temperamento

temperamento do Bulldog Francês também confere um tom especial à raça, são cães normalmente alegres, calmos, companheiros, brincalhões e muito inteligentes. Como todas as raças de companhia, eles necessitam, acima de tudo, de contato constante com humanos. Suas necessidades de exercícios são mínimas e variam de cão para cão. Sua natureza calma os torna grandes escolhas para aqueles que vivem em apartamento, assim como sua falta de interesse em latir.

Sendo uma raça de cara achatada, é essencial que seus futuros donos entendam que Buldogues Franceses não devem viver fora de casa. Seu sistema de respiração comprometivo não os permitem regular suas temperaturas eficientemente. Além do mais, os Bulldogs Franceses são bem pesados e podem ter dificuldade em nadar. Sempre cuidado quando exercitar seu Bulldog Francês no calor.

O nível de energia de um Buldogue Francês pode variar de hiperativo e energético até a relaxado e calmo. Mas geralmente é comum que o filhote seja mais ativo até os 12 ou 18 meses, quando ele se torna efetivamente um adulto e começa a acalmar.

O Bulldog Francês é uma raça essencialmente com sangue bull e sangue terrier. Portanto, não é nenhuma surpresa que os problemas podem surgir quando dois cães dessa raça se juntam, principalmente quando são do mesmo sexo. Donos que estão considerando adicionar um segundo cão à sua família são geralmente advertidos e aconselhados a escolherem cães de sexo oposto. A castração pode fazer muito a fim de ajudar a diminuir essas tendências antes mesmo delas começarem.

Resumindo tudo, o bulldog francês é de boa índole, afetuoso, inteligente, disposto, brincalhão e carinhoso com crianças. No entanto, os exemplares da raça costumam ser agressivos entre si.

Saúde

Existem várias doenças às quais os Buldogues Franceses estão predispostos. Quem deseja adquirir um buldogue francês, precisa estar ciente que cães desta raça podem apresentar problemas de saúde muito específicos, que mesmo os criadores mais conscienciosos nunca poderão prometer que não ocorrerão. Testar os cães utilizados no programa reprodutivo auxilia até um certo limite, mas não assegura que nada acontecerá. Se alguém está procurando por uma raça com histórico livre de problemas de saúde, os buldogues franceses são contra-indicados.

Quando filhotes, o problema mais comum é o prolapso da glândula da terceira pálpebra, também conhecida como cherry-eye. Alergias alimentares são muito comuns em frenchies, embora eles, também, sejam muito alérgicos a alergenos ambientais.

O problema mais alarmamnte é a hipertermia. Buldogues franceses NUNCA devem ser mantidos em ambientes fechados, sem refrigeração e levá-los para passear sob o sol quente e totalmente contra-indicado.

As lesões medulares são mais comuns nos cães desta raça.

A síndrome braquicefálica também está entre as complicações que acometem os frenchies. Essa condição deve ser corrigida cirurgicamente tão logo se faça o diagnóstico.

Em função da protusão ocular, frenchies são muito predispostos às úlceras de córnea.


É importante ressaltar que criadores éticos sempre fazem exames de saúde em seus cães antes de os reproduzirem, além de oferecerem extensas garantias de saúde de seus cães. Cães com qualquer problema genético, não devem ser reproduzidos.

A reprodução é um quesito complexo desta raça, uma vez que cães desta raça não devem fazer monta natural - apenas inseminação artificial - e todos os partos se dão através de cesariana.